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Dezembro Verde: campanha do GDF leva conscientização sobre abandono de animais às escolas públicas do DF

Com a chegada de dezembro, teve início mais uma edição da campanha Dezembro Verde, iniciativa da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal do Distrito Federal (Sepan-DF) voltada ao combate ao abandono e aos maus-tratos contra cães e gatos. As ações começaram pelo Centro de Ensino Fundamental 02 da Estrutural, onde estudantes participaram de atividades educativas, conversas e receberam materiais informativos sobre adoção e guarda responsável.

Durante a visita, o secretário de Proteção Animal, Cristiano Cunha, conduziu diálogos com as crianças, reforçando a importância do cuidado com os animais e explicando que abandonar um pet é crime ambiental. A Sepan está distribuindo folders e cartazes em todas as escolas públicas ao longo do mês, ampliando o alcance da campanha em todas as regionais de ensino.

Crianças aprendendo e ensinando

A mensagem da campanha encontrou eco entre os pequenos. Laila Beatriz Santana, de apenas 6 anos, resumiu bem o objetivo da ação:
“A gente tem que cuidar dos bichinhos, porque eles são importantes. Eles não são brinquedo.”

Durante a visita, os alunos reforçaram ideias como amizade, proteção e responsabilidade, destacando sentimentos como medo, fome e solidão que um animal abandonado pode sofrer.

Heitor Davi, de 5 anos, relacionou o tema aos pets da própria família:
“Se a pessoa não quiser mais, tem que colocar para adoção. Não pode maltratar, isso até dá cadeia.”

Miguel de Fernandes, de 6 anos, lembrou da própria cadelinha e reforçou que “cachorro não pode ficar na rua porque sente medo”.

Educação como ferramenta contra o abandono

O secretário Cristiano Cunha alertou que dezembro é um dos períodos com maior número de abandonos — reflexo das férias escolares e viagens de fim de ano. Ele reforçou que a legislação brasileira prevê pena de reclusão, multa e proibição de guarda nos casos de maus-tratos envolvendo cães e gatos.

Segundo o secretário, a presença da campanha nas escolas é estratégica:
“É por meio da educação que a gente forma futuras gerações mais conscientes. As crianças levam esse conhecimento para casa e se tornam multiplicadoras da ideia de respeito aos animais.”

Adoção não é presente

Outro ponto abordado foi a prática comum de presentear animais no Natal. A Sepan alerta que adoção exige responsabilidade e diálogo familiar, já que um pet envelhece, demanda cuidados veterinários, alimentação adequada e espaço seguro.

Cristiano Cunha destacou ainda que a presença de cães e gatos nas ruas é consequência direta da ação — ou omissão — dos tutores:
“Animal doméstico depende totalmente do ser humano. Quando vai parar nas ruas, é porque alguém não assumiu essa responsabilidade.”

Escola como espaço de proteção

O CEF 02 da Estrutural possui até um pequeno gatil para acolher felinos abandonados na região, incentivando a convivência saudável entre crianças e animais. Para a diretora da instituição, Juliana Gomes de Assumpção, esse contato ajuda no desenvolvimento emocional dos estudantes, além de reforçar valores de respeito e empatia.

Segundo ela:
“O animal é uma vida e deve ser tratado como tal. As crianças aprendem que, ao ver um bichinho em perigo, precisam avisar um adulto para buscar ajuda. Assim, formamos pequenos agentes de transformação dentro de casa.”

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